Viajar de avião pode levantar muitas dúvidas para quem utiliza próteses ortopédicas, especialmente quanto à passagem pelo controle de segurança nos aeroportos e pelos detectores de metais. Os pacientes frequentemente perguntam se isso pode ser um empecilho e, principalmente, se é necessário levar algum tipo de documentação para comprovação da cirurgia e para evitar problemas.
Algumas próteses ortopédicas podem, de fato, ativar os detectores de metais, pois são feitas de metais como aço inoxidável, titânio ou cobalto-cromo, que possuem propriedades magnéticas ou condutoras e são detectados pelos sensores de segurança. Nem todas as próteses causam o mesmo nível de sensibilidade nos detectores de metais. O titânio, por exemplo, é menos provável de acionar o alarme em comparação ao aço inoxidável, devido às suas propriedades menos magnéticas. Outros materiais, como cerâmicas e polímeros, geralmente não são detectáveis pelos sensores de metais, mas são utilizados em menor proporção nas próteses ortopédicas.
Além disso, existem variações entre aeroportos em grandes ou pequenos centros urbanos, ou aeroportos internacionais, muitas vezes utilizam equipamentos mais avançados e sensíveis. Em aeroportos menores ou com menos tecnologia, as próteses podem, eventualmente, não ser detectadas.
O que fazer caso o alarme seja ativado?
Nesses casos, o procedimento padrão é que o passageiro seja encaminhado para uma inspeção adicional, que pode incluir um scanner corporal ou uma inspeção física feita por um agente de segurança.
Esses procedimentos são realizados para garantir a segurança de todos os passageiros e normalmente são rápidos e sem maiores transtornos. Em muitos aeroportos, os agentes de segurança estão treinados para lidar com situações envolvendo dispositivos médicos, incluindo próteses, e realizarão a verificação de maneira discreta e profissional.
Documentação e comprovação
Para facilitar o processo de inspeção, recomenda-se que os passageiros que possuem próteses carreguem uma declaração médica ou um cartão de identificação de prótese. Esse documento, fornecido pelo ortopedista ou hospital onde a prótese foi instalada, deve conter informações sobre o tipo de prótese, a data da cirurgia e o contato do médico ou hospital, caso seja necessário algum esclarecimento adicional.
Embora não seja uma exigência formal na maioria dos países, essa documentação pode agilizar o processo de segurança e oferecer mais tranquilidade ao passageiro, demonstrando que ele possui um dispositivo médico legítimo.
Devo informar a presença da prótese ao agente de segurança antes de passar pelo detector de metais?
Sim, é recomendável que o passageiro informe ao agente de segurança. Informar antecipadamente evita surpresas e permite que o agente tome medidas preventivas, como redirecionar o passageiro para o scanner corporal ao invés do detector de metais convencional.
Alguns passageiros optam por mostrar a documentação médica antes de iniciar a inspeção, explicando que possuem uma prótese, o que demonstra boa-fé e pode facilitar o processo de segurança.
A prótese representa um problema para o embarque?
Ter uma prótese ortopédica geralmente não representa um problema para o embarque. Uma vez que a prótese é verificada e autorizada pela segurança, o passageiro pode seguir para o embarque normalmente.
Recomendações para garantir um embarque tranquilo:
Viagens internacionais: Existem diferenças nos protocolos?
Em viagens internacionais, a abordagem pode variar conforme as normas de segurança de cada país. Em alguns destinos, os sistemas de segurança podem ser mais rigorosos, com maior probabilidade de inspeções adicionais para passageiros com próteses.
Nestes casos, o cartão de identificação de prótese e a declaração médica se tornam ainda mais importantes, pois podem evitar desentendimentos e facilitar a comunicação, especialmente em países onde o idioma pode ser uma barreira.
Além disso, em viagens de longa distância, é recomendável consultar o ortopedista antes da viagem para verificar se há algum cuidado específico relacionado à prótese, como prevenção de trombose venosa profunda (TVP), que é uma preocupação comum em voos longos para pessoas com próteses.
OBS - texto gerado com auxílio de IA e revisado pelo Dr Fabricio Fogagnolo.
ROA - Departamento de Ortopedia e Anestesiologia da FMRP-USP